Autoria: Walter George Durst, José Antonio de Souza e Tairone Feitosa
Direção: Walter Avancini
Direção geral do Núcleo: Ary Grandinetti Nogueira
Período de exibição: 08/10/1984 – 02/11/1984
Horário: 22h
Nº de capítulos: 20
Baseada na obra Pensão Riso da Noite: Cerveja, Sanfona e Amor, de José Condé.
A História
Sempre de terno de linho, chapéu-panamá, sapato de duas cores e um relógio de bolso, Quequé encarnava o machão brasileiro, mulherengo e falastrão. Mudava de personalidade, caráter e as cores das roupas para apresentar-se a cada esposa. Ao fazer malabarismos para atender aos desejos da fogosa Eleuzina, ele vestia bege; da aristocrática Santinha, usava azul-marinho e preto; e da semi-adolescente Nicinha, o branco.
Foi com uma enorme gargalhada que Nicinha conheceu o "Quequezão", tiveram um filho e se tornaram inteiramente felizes. Nicinha é a mais nova das três esposas do caixeiro-viajante. Moleca, livre pela idade, inconsequência e por uma graciosidade irresistíveis, mistura, em dosagens harmônicas, inocência e perigo, ingenuidade e feminilidade.
Santinha, a esposa do meio, é a recatada Dona Santa, mulher que enviuvou cedo, absolutamente bela e de origem aristocrática. Pessoa respeitadíssima em Chegança, por seu status, e muito cobiçada por sua beleza, Santinha é a imagem do recato e da fé, na verdade suas grandes armas de sedução. Recolheu-se em sua viuvez até conhecer o Ezequias, com quem se casou três meses depois e teve mais dois filhos, que cria junto com os dois do primeiro casamento.
Com Eleuzina, a relação madura, meio maternal, profundamente honesta, na qual o caixeiro-viajante pode se mostrar como é. Pois em Eleuzina reside a principal referência de Quequé. Alegre, autêntica, vivida, forte, companheira de boemia, é com Eleuzina que o caixeiro-viajante casou-se primeiro e teve quatro filhos. Ela é uma mulher que o mina com sensualidade e que o ama com proteção.
Se as esposas de Quequé não passam de uma grande fantasia, ou se são três aspectos de uma única "mulher ideal", o fato é que elas existem e se completam, e preenchem a vida do caixeiro-viajante.
Elenco
* Ney Latorraca - Quequé
* Dina Sfat - Eleuzina
* Lucinha Lins - Santinha
* Tássia Camargo - Nicinha
* Paulo Hesse - Solon
* Luiz Guilherme - Angostura
* Newton Prado - Saturnino
* Daniel Dantas - Compadre Lula
* Marilena Ansaldi - Magnólia
* Dante Ruy
* Jackson de Souza - Sondi
* Cidinha Millan - Totéia
* Daniel Barcellos-Oficial de Justiça
Curiosidades
- O mulherengo Quequé conquistou a simpatia do público. Enquanto suas três esposas o execravam em cena, o telespectador torcia pelo personagem, que declarava amar todas as suas mulheres com a mesma intensidade.
- Rabo de saia diferia de todas as outras minisséries até então realizadas pela Rede Globo, por buscar uma linha alegórica, de humor, apesar de todas as referências a local e época. Cada capítulo era fechado numa narrativa própria, até o capítulo 14, quando as três esposas descobrem umas às outras, e o caixeiro-viajante é levado ao tribunal para julgamento. A partir daí, os capítulos começam a ter ligação e há uma mudança no ritmo do seriado.
- Inicialmente, Ney Latorraca faria outro papel na história. Ao ler o roteiro, o ator gostou tanto do personagem Ezequias que insistiu com o diretor para ganhar o papel do protagonista. Avancini relutou um pouco, pois imaginava um ator com perfil mais viril para interpretar o ardente caixeiro-viajante. Diante de tanta insistência, decidiu apostar em Ney Latorraca e acertou em cheio. Seu Quequé é um dos melhores desempenhos do ator na Rede Globo, um marco em sua carreira profissional.
- Walter George Durst, Avancini e Ney Latorraca haviam trabalhado juntos na minissérie Anarquistas, graças a Deus, exibida também em 1984.
- Reapresentada em 12 capítulos, em janeiro de 1988, e em 10 capítulos, em agosto de 1990, durante o Festival 25 anos.
- Rabo de saia foi vendida para Canadá, Cuba, México, Portugal e Turquia, entre outros.
Trilha sonora:
- Júlio Medaglia foi o responsável pela trilha sonora da minissérie. O maestro privilegiou sons nordestinos e músicas de época. A música tema da abertura era Xamego, forró de Luiz Gonzaga e Miguel Lima, interpretado por Fafá de Belém.
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