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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Trago Comigo



Roteiro: Thiago Dottori
Direção: Tata Amaral
Co-produção TV Cultura e SESC
Período de exibição: 01/09/2009 - 04/09/2009
Emissora: TV Cultura
Horário: 22h00
Nº de Capítulos: 4

Elenco:
Carlos Alberto Riccelli - Telmo Marinicov
Georgina Castro - Mônica
Felipe Rocha - Miguel
Emilio di Biasi - Lopes
Selma Egrei - Madalena
Pedro Lemos - Fábio
Júlio Machado - Marcelo
Maria Helena Chira - Júlia
Paula Pretta - Nina
Gustavo Brandão - Betão

Participação especial
Ligia Cortez
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Telmo Marinicov já foi membro da luta armada durante a ditadura, já foi um exilado político e já foi um diretor de teatro de moderado sucesso. Agora, não é nada disso. Telmo trabalha como supervisor dos teatros na prefeitura de São Paulo, e vive uma existência pacata ao lado de sua jovem namorada, uma bela atriz chamada Mônica, que Telmo acha não possuir muito talento.


Essa existência pacata é interrompida quando Telmo é convidado para dar uma entrevista para um documentário sobre luta armada, mais especificamente sobre os guerrilheiros que passaram um tempo clandestinos em “aparelhos” em São Paulo. Telmo se senta na frente da câmera e, de repente, lembra-se que esqueceu: não tem memória alguma dos 6 meses que passou clandestino. A pedido do diretor, ele se esforça para trazer alguma nesga de lembrança, algum fato isolado, mas a única coisa que lhe vem a cabeça é uma voz feminina, que repete baixinho: “trago comigo toda a luta e toda a traição.” A entrevista acaba sem que Telmo consiga lembrar nada além desta frase.

Nosso personagem fica obcecado com este grande lapso de memória e Mônica tenta ajudá‐lo a se lembrar. De noite, na cama, Mônica começa a repetir esta enigmática frase, e Telmo se lembra também de um nome: Lia. No dia seguinte, em companhia do Secretário de Cultura, Lopes, Telmo visita um teatro que está sendo reformado. Lopes, seu amigo pessoal, desafia‐o a preparar a peça que marcará a estréia deste teatro, uma chance de Telmo voltar a sua carreira de diretor de teatro.

Telmo tem então um estalo; irá preencher o grande buraco que existe em sua mente com seu único talento: o teatro. Ele decide aceitar a provocação de Lopes, e utilizará a peça como laboratório para atiçar suas lembranças. Com a ajuda de Mônica, que fará o papel de Lia, e de um jovem ator de novela chamado Miguel Jarra, que compartilha muito pouco em comum com Telmo além da impressionante semelhança física, ele irá criar gatilhos para a sua memórias, situações que o façam lembrar do que aconteceu com ele e com Lia naquele apartamento vazio e responder a uma pergunta fundamental: porquê ele tem a sensação inquietante de ter contribuído para a morte desta sua companheira?

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