Rede Globo Rede Record Rede Bandeirantes TV Cultura TV Manchete HBO FOX

sábado, 27 de março de 2010

Sampa



Autoria: Gianfrancesco Guarnieri
Direção geral: Roberto Talma
Período de exibição: 26/09/1989 - 29/09/1989
Horário: 23h30
Nº de capítulos: 4

Elenco:
Ariclê Peres - Lucy
Bárbara Thiré - Helena
Bri Fiora - D. Sofia
Carlos Takeshi - Chigueu
Cássio Gabus Mendes - Amadeu
Cristian Rodrigo - Amadeu jovem
Divana Brandão - Iara
Edith Siqueira - Vera
Eduardo Pituca - rapaz
Eduardo Silva - rapaz
Flávio Colatrello - Bina
Giovana Gold – mulher assassinada
Ivan Lima - enfermeiro
Jacqueline Cordeiro - jornalista
Luis Santos - porteiro do hotel
Mateus Esperança - porteiro
Mika Lins - Luísa
Olair Coan - repórter
Paulão - Marinheiro
Paulo José - Gregório
Paulo Márcio - assassino
Raul Barreto - garçom
Renata Rouriz - Tânia
Renato Lima - Jorge
Ricardo Homuth - médico
Roberto Orosco - Manuel
Semme Lufti - Jonas
Serafim Gonzalez - Agamenon
Tião Hoover - policial
V. Lasmar - Major
Walderez Barros - Sara
Walter Cruz - Sílvio

A Trama:
- Sampa possui como tema central a história de Amadeu (Cássio Gabus Mendes), um arquiteto paulista que entra em crise após o desaparecimento de sua mulher, Luiza (Mika Lins), com quem era casado há dois anos. O desespero do personagem na busca por explicação o leva a se envolver com várias pessoas: Gregório (Paulo José), um cineasta que vê no desespero do arquiteto a possibilidade de realização de um filme; Agamenon (Serafim Gonzalez), um advogado ligado a políticos e a grandes empresários que foi amante da mãe do protagonista; Sílvio (Walter Cruz), funcionário público e militante de movimentos culturais; Iara (Divana Brandão), uma prostituta a quem Amadeu recorre como uma espécie de refúgio em meio à sua confusão mental.
- Narrada em flashback, a minissérie foi escrita numa linguagem mais livre do que as usuais na televisão. Somente aos poucos são revelados o permanente estado de tensão de Amadeu, seu passado familiar e suas dificuldades no casamento. Centrando-se no rapaz, com sua frágil estrutura psicológica e tendência à neurose, e nos personagens que o cercam, o autor faz uma análise da formação da sociedade paulista, com seu característico universo urbano-industrial e suas desigualdades sociais.
- No fim, Luísa é localizada na casa de seus pais, e alega que fugiu em função das duas personalidades de Amadeu, que, segundo ela, era violento e desprezível de noite, mas também carinhoso durante o dia. Sem ter ciência da localização de Luíza, Amadeu desaparece pelas ruas de São Paulo, enfrentando adversidades como mortes e violência. Em um encontro com Gregório, ele recebe a notícia de que sua esposa fora encontrada. Ao revê-la, tenta matá-la, mas é impedido por Iara. A última cena da minissérie repete uma das primeiras, em que um marinheiro tenta se suicidar do alto da Estação da Luz. Desta vez, é o neurótico Amadeu.

Produção:
- O recurso empregado pela direção para que se atingisse um clima angustiante em muitas cenas foi a utilização de pouca luz e câmera portátil, reforçando o ambiente frenético da grande cidade.
- Sampa foi a primeira minissérie da Globo gravada quase que exclusivamente em locações, ou seja, fora de estúdios, em locais públicos especialmente escolhidos pela produção. A opção foi, segundo o diretor, em parte estética e em parte prática. Quanto à questão estética, a intenção principal da minissérie era capturar a essência da atmosfera urbana de São Paulo. Com relação à parte prática, a solução veio ao encontro de um problema enfrentado pela emissora: a falta de estúdios. Naquele momento, a Central Globo de Produção (Projac) ainda não tinha sido inaugurada.

Curiosidades:
- O projeto da série teve início em 1987, quando Daniel Filho convidou Gianfrancesco Guarnieri para escrever uma minissérie ambientada em São Paulo para um elenco predominantemente paulista
- Ao contrário da impressão imediata, o título da minissérie não está ligado exclusivamente ao apelido da cidade de São Paulo. A intenção inicial do autor era de que a minissérie se chamasse “Sampa-Lelê”, um derivado da expressão “Simpa-Lelê”, que significa “sem palavras” no dialeto crioulo haitiano. Impressionado com um vídeo a que assistira sobre a história do Haiti, o autor introduziu numa das cenas iniciais da minissérie a expressão “Simpa-Lelê”, dita pelo marinheiro haitiano suicida que Amadeu encontra na Estação da Luz.
- Sampa foi vendida para Angola, Canadá e Portugal, entre outros países.

Trilha sonora:
- A trilha sonora da minissérie acompanha o ritmo de vida da metrópole. A banda Mulheres Negras, comandada por André Abujamra e Maurício Pereira, foi convidada para compor a trilha incidental.


Fonte: Memória Globo

0 comentários: