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quarta-feira, 31 de março de 2010

Hoje é dia de Maria



Autoria: Luiz Fernando Carvalho e Luís Alberto de Abreu
Direção: Luiz Fernando Carvalho
Direção de núcleo: Luiz Fernando Carvalho
Período de exibição: 11/01/2005 – 21/01/2005
Horário: 23h
Nº de capítulos: 8

Elenco:
André Valli - Asmodeu mágico
Antônio Edson -Asmodeu brincante
Aramis Trindade - Cangaceiro
Carolina Oliveira - Maria criança
Charles Fricks - Executivo
Daniel de Oliveira - Quirino
Denise Assunção - Mucama
Emiliano Queiroz - Asmodeu velho
Fernanda Montenegro - Madrasta
Gero Camilo - Zé Cangaia
Ilya São Paulo - Cangaceiro
Inês Peixoto - Rosa
João Sabiá - Asmodeu bonito
Juliana Carneiro da Cunha - Nossa Senhora da Conceição
Laura Lobo - Menina carvoeira
Leandro Castilho - Executivo
Letícia Sabatella - Maria adulta
Luiz Damasceno - Asmodeu poeta
Marco Ricca - Cangaceiro
Mario Cesar Camargo – Odorico
Mônica Nassif - Camponesa
Nanego Lira - Retirante
Osmar Prado - Pai
Phillipe Louis - Ciganinho
Rafaella Oliveira - Joaninha
Ricardo Blat - Asmodeu sátiro
Rodolfo Vaz - Homem de olhar triste
Rodolfo Vaz - Maltrapilho
Rodolfo Vaz - Mascate
Rodolfo Vaz - Mendigo
Rodolfo Vaz - Vendedor
Rodrigo Rubik - Príncipe
Rodrigo Santoro - Amado
Stênio Garcia - Asmodeu
Suzana Faini – Velha Carpideira
Thainá Pina - Joaninha

A Trama:
- Baseada na obra de Carlos Alberto Soffredini (1939–2001), a minissérie Hoje é dia de Maria apresentou um formato inovador. Para contar as aventuras da doce Maria (Carolina Oliveira) pelo mundo afora, os autores trouxeram elementos folclóricos e míticos presentes em contos populares compilados por Câmara Cascudo, Mário de Andrade e Sílvio Romero. A história é recheada de metáforas e simbolismo, com linguagem, estrutura narrativa e estética baseada nos sonhos.
- Maria é uma menina graciosa e prendada. Sabe cozinhar e fazer um café de dar água na boca de seu pai (Osmar Prado), dono de uma roça que já deu de comer a muita gente da região. Ela enfrenta uma vida dura no roçado, onde o sol forte prejudica a plantação e fez adoecer sua Mãe (Juliana Carneiro da Cunha), que acabou morrendo. Com a morte da mulher, o pai de Maria começa a beber. Além de se sentir sozinho, sem a companheira de tantos anos, o pai ainda sofre pelos filhos que se espalharam pelo mundo fugindo da seca.
- Maria fica feliz quando ele decide se casar novamente. Ela acha que sua Madrasta (Fernanda Montenegro) irá trazer alegria a seu triste Pai. Mas a Madrasta passa a maltratar Maria. A malvada mulher ainda tem uma filha, Joaninha (Thainá Pina), uma menina gordinha, que vive comendo milho. Cansada da perseguição da Madrasta, Maria decide partir. Ela arruma sua trouxinha, coloca uma chavinha no pescoço, e segue em direção às franjas do mar, seu grande sonho. A menina conta com a proteção de um Pássaro, que a acompanha ao longo de toda sua jornada.
- No caminho pela estrada do País do Sol a Pino, lugar onde nunca anoitece, Maria encontra diversos personagens: o Maltrapilho (Rodolfo Vaz), o Homem do Olhar Triste (Rodolfo Vaz) e os meninos Carvoeiros. Enquanto isso, no sítio, o pai sofre com a ausência da filha e resolve partir em sua busca. Sozinha com Joaninha em um lugar abandonado e infértil, a Madrasta decide segui-los, certa de que pai e filha foram em busca de um valioso tesouro.
- A jornada de Maria fica a cada dia mais difícil. Seu primeiro e grande obstáculo chama-se Asmodeu (Stênio Garcia), um homem com quem ela esbarra no caminho. Asmodeu acabara de trocar a sombra do ingênuo Zé Gandaia (Gero Camilo) por um pedaço de pão. Maria decide ajudar Zé Gandaia e, muito esperta, consegue recuperar a sombra de seu mais novo amigo. Ela não contava, no entanto, que arrumara o pior inimigo que poderia ter: Asmodeu, na realidade, é o diabo em carne e osso. Ele resolve perseguir a menina, fingindo ser diferentes personagens. Tudo para confundir e se vingar de Maria.
- A primeira maldade de Asmodeu é roubar a infância da menina, transformando-a em uma mulher, de uma hora para a outra. Crescida e muito triste, Maria (Letícia Sabatella) encontra a Madrasta e sua filha, Joaninha (Rafaella Oliveira), também mais velha. As três mulheres ficam sabendo que um Príncipe (Rodrigo Rubik) promoverá um baile para escolher sua futura esposa. Maria se anima com a idéia, mas logo desiste, pois não tem roupa para ir ao baile. Ela não contava com a ajuda de um Mascate (Rodolfo Vaz) que encontra pelo caminho e lhe consegue um vestido azul da cor do céu e um lindo par de sapatos para ir à festa. O Mascate, no entanto, avisa Maria que, à meia-noite, acaba a alegria. Maria está dançando com o Príncipe quando ouve as badaladas do relógio e sai apressada. Ela deixa um de seus sapatos pelo caminho, e o Príncipe, apaixonado pela bela jovem, consegue encontrá-la. Eles marcam o casamento, mas Maria descobre que, na realidade, ama seu Pássaro protetor, que durante a noite se transforma em um lindo homem chamado Amado (Rodrigo Santoro). Ela desiste do Príncipe e sua sina passa a ser esperar o dia passar para poder abraçar seu amor durante toda a noite.
- Nesse momento da história, a trama ganha mais dois importantes personagens: os irmãos saltimbancos Quirino (Daniel Oliveira) e Rosa (Inês Peixoto). Maria se junta aos dois, e eles passam a levar alegria para o povo em troca de moedas. Tudo parecia correr bem até que Quirino se apaixona por Maria. Ele fica com muito ciúme quando vê sua adorada nos braços de Amado. Asmodeu, que nunca abandona Maria, se aproveita da fraqueza de Quirino e sugere que ele aprisione o Pássaro, para que a jovem fique mais livre para ele.
- Maria acaba perdendo Amado, mas, para sua surpresa, encontra o Pai. Cansado e velho, ele se junta aos saltimbancos e parte com o grupo. Até que um dia, Ceição (Juliana Carneiro da Cunha), a Mãe de Maria, aparece para o marido. Numa bela cena, o Pai segue a mulher, dizendo que sempre a amou. Os dois se sentam em um banco de pedra e dividem um pedaço de bolo de milho, prometendo ficarem juntos dali em diante. Maria acorda e vê o corpo do Pai, imóvel. Ela chama por ele e chora ao perceber que ele morreu.
- Apesar da tristeza pela morte do pai, Maria não desiste de encontrar seu grande amor e parte em busca de Amado. Mais uma vez, Asmodeu dificulta o caminho da pobre Maria: o diabo faz nevar no sertão e congela o Pássaro. Maria o encontra, dentro de um bloco de gelo, imóvel e sem vida. Com a intensidade de seu amor, ela consegue descongelar o coração da ave. Livre do bloco de gelo e nos braços de Maria, o Pássaro se transforma em Amado, e ela chora de felicidade.
- Implacável em sua perseguição, Asmodeu decide transformar Maria em criança novamente, e ela surge no meio do sertão, na mesma estrada onde o diabo lhe tirara a infância. Com sua trouxinha nos braços, ela passa a fazer o caminho inverso, de volta para o sítio de onde partiu, um pouco confusa com suas lembranças. Maria segue sua jornada, temerosa em voltar para a casa onde sua Madrasta certamente irá maltratá-la novamente. No entanto, a menina tem uma grande surpresa ao avistar o sítio do Pai: o lugar está bonito e bem cuidado, com os irmãos e a Mãe ao redor da casa. Maria não entende em que tempo está, mas fica feliz por encontrar a família e a casa toda rodeada de verde.
- É quando Asmodeu aparece para tentar novamente amaldiçoar a vida da pobre menina, mas ela, com a ajuda de um espelho que o amigo Mascate lhe dera, consegue transformar o diabo em uma lata velha. Um Ciganinho (Phillipe Louis) aproxima-se do sítio e de Maria. Os dois brincam e conversam, e, aos poucos, ela percebe que o menino é Amado e todos os outros personagens que a ajudaram em sua travessia. Os dois partem em direção ao mar e, emocionados, avistam a imensidão azul com a qual Maria tanto sonhava.

Produção:
- A minissérie foi toda gravada em um grande domo, o antigo palco onde foi realizado o Rock in Rio III. O espaço, com formato circular, como uma representação do globo terrestre, foi todo reciclado para a produção. A estrutura foi montada sobre o solo natural, de terra, sem base de concreto. Internamente, seu cenário era composto por um ciclorama, todo pintado à mão, de 170m de comprimento por 10m de altura, que circundava toda a extensão da cúpula. O painel é resultado do trabalho do artista plástico Clécio Regis e sua equipe. A tela pesava mais de uma tonelada e consumiu 2.170 litros de tinta. Conforme Maria mudava de paisagem, o ciclorama era repintado, sem precisar ser desmontado.
- Ao todo, 25 profissionais trabalharam durante 50 dias para montar as 48 toneladas de estrutura de aço e os 5.800m² de lona da cobertura. Com 54m de diâmetro e 26m de pé direito, o domo exigiu atenção especial, pois como normalmente as produções trabalham em estúdios retangulares, foi mais trabalhoso transpor as idéias para um cenário em formato circular. Foram necessárias 48 viagens de carreta para que a estrutura do domo fosse finalmente erguida. A novidade também exigiu atenção redobrada em alguns aspectos, como a acústica, que foi resolvida com 3.000m² de painéis acústicos suspensos na parte superior da cúpula.
- As equipes de arte, figurino e iluminação trabalharam com a idéia de reaproveitar materiais. Tudo foi feito de forma quase artesanal. A iluminação, por exemplo, reconstruiu refletores sucateados do antigo Teatro Fênix, no Rio de Janeiro. Foi a solução encontrada, pois os refletores ideais para iluminar o ciclorama não são mais fabricados. Foram usados mais de 420 refletores, além dos quatro focos de luz que dividiam o teto da cúpula e da passarela, por onde se deslocava o refletor de 20 mil watts que, às vezes, representava o sol.
- Para o figurino, a equipe vasculhou o acervo da Rede Globo para recriar peças a partir de outras, aposentadas. Os profissionais utilizaram técnicas e materiais não tradicionais. Alguns figurinos exigiram maior trabalho, como a roupa de palha tecida por passarinhos para Maria. A equipe também contou com o trabalho do estilista Jun Nakao, que construiu roupas de papel para diversos personagens. No total, foram usadas mais de 850 folhas de papel prensado com texturas. Além do Príncipe e da Mucama (Denise Assunção), as roupas de papel vestiram bonecos na cena do baile.
- A produção de arte precisou passar todos os objetos usados em cena por um processo de envelhecimento ou adequá-los à linguagem estética da minissérie. Foram criados desde folhas de milho a estandartes de festas populares. O artista plástico Raimundo Rodrigues criou objetos especiais importantes na narrativa, como coroas, adereços de cabeça, carroças e gaiolas. Nordestino, criado no Rio de Janeiro, Raimundo Rodrigues trabalha com materiais descartados, considerados sucata. Ele também foi responsável pela construção do Asmodeu em lata e dos cavalos dos Cangaceiros (Marco Ricca, Ilya São Paulo e Aramis Trindade). Os cavalos foram feitos em tamanho real, com fibra de vidro, e ganharam ares de pelagem com a mistura de diversos tecidos e retalhos. Raimundo usou ainda papel laminado e uma tintura envelhecida para criar o aspecto de armadura e transformou chapinhas de garrafa em medalhas. Outra criação do artista foi o Morto. Inspirado em Portinari, o personagem tinha as mãos, pés e rosto avantajados, tudo esculpido em madeira. Para o corpo, ele usou pano e serragem.
- A minissérie reuniu também profissionais do grupo de teatro de bonecos Giramundo, responsáveis pela construção do clima lúdico da história. Entre os muitos bonecos criados para a produção, o Pássaro, par romântico da heroína da minissérie, mereceu atenção especial. Sua confecção exigiu um verdadeiro trabalho de equipe dos integrantes do Giramundo: Ulisses Tavares desenvolveu o corpo, Sophia Felipe, as patas, garras, cabeça e crista, e Eduardo Félix encontrou a asa ideal, em formato de “leque”, e o rabo da ave. Pesando 12 quilos, todos os elementos do Pássaro eram manipulados através de 20 fios e foram necessários dois meses para que o produto final fosse finalmente construído. Depois disso, o Pássaro ainda passou pelas mãos do artista plástico Raimundo Rodrigues, que trabalhou com o metal, material não utilizado em marionetes, para o acabamento final. O objetivo era transformar o pássaro em uma figura mítica. Com papel alumínio e spray dourado, Raimundo Rodrigues construiu uma carcaça metálica para a ave. O resultado chamou a atenção do telespectador.
- Além das inúmeras inovações em seu formato, a minissérie contou também com cenas de animação, dirigidas por César Coelho, um dos diretores do festival Anima Mundi. Tanto nas seqüências em que Maria encontra os Executivos (Charles Frick e Leandro Castilho) quanto no baile do Príncipe, foi usada a técnica pixillation, em que cada gesto dos atores era fotografado e, posteriormente, animado.
- A preparação do elenco de Hoje é dia de Maria foi extremamente cuidadosa. Cerca de um mês e meio antes das gravações começarem, os atores tiveram oficinas de corpo, canto, prosódia e dança, para auxiliar na composição de seus personagens. Alguns atores tiveram aulas de música especiais, como Daniel de Oliveira, cujo personagem tocava violino; Inês Peixoto e Rodolfo Vaz, cujos personagens tocavam sanfona; e Gero Camilo, que teve aulas de pandeiro.
- Toda a equipe da minissérie participou de um seminário sobre a obra de Cândido Portinari, conferido por João Cândido Portinari, filho do pintor e responsável pelo Projeto Portinari. A iniciativa de Luiz Fernando Carvalho pretendia familiarizar todos os envolvidos no projeto da minissérie com o universo do qual ela tratava. Produção e elenco também participaram de um workshop com o psiquiatra Carlos Byington, sobre arquétipos e mitos.
- Outro desafio do elenco foi interpretar a legítima fala caipira. Para isso, a prosódia teve papel fundamental na narrativa. O texto original da minissérie foi escrito a partir das pesquisas do dramaturgo Carlos Alberto Soffredini sobre a fala caipira. Foram feitas inúmeras leituras com o elenco até que os atores acostumassem seus ouvidos e se sentissem à vontade com suas falas.
- Com imagem em alta definição, a minissérie foi gravada com duas câmeras HD.

Curiosidades:
- A estreante Carolina Oliveira foi escolhida entre duas mil crianças pelo diretor Luiz Fernando Carvalho para dar vida à protagonista da história. Além de participar das oficinas com o elenco, Carolina foi ensaiada pela atriz Maria Clara Fernandez.
- Luiz Fernando Carvalho trabalhava no projeto de Hoje é dia de Maria há 12 anos. Por ocasião das comemorações dos 40 anos da Rede Globo, o diretor pôde realizar seu trabalho, merecedor de inúmeros elogios da crítica especializada e dos telespectadores. Hoje é dia de Maria apresentou excelentes índices de audiência.
- Metre Salustiano, de Pernambuco, um dos maiores rabequeiros da América Latina, fez uma participação especial na minissérie. Ele tocou rabeca ao lado do filho Pedro, percussionista, na cena em que Maria se encontra com um grupo de retirantes.
- A Folia Reisado Flor do Oriente, de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, participou das gravações da cena do casamento do Pai de Maria com a Madrasta. Com mais de 130 anos de tradição, passada de pai para filho, a Folia não está acostumada a sair fora de época, mas os participantes se envolveram de tal modo com o projeto da minissérie que decidiram participar do cortejo fictício. Mestre Tião, um dos membros da Folia, chegou a fazer versos sobre a trama que gravaram: o casamento da viúva. Além dos próprios estandartes, eles usaram os fardamentos tradicionais, que sofreram apenas pequenos ajustes da equipe de figurino.
- No mesmo ano, a minissérie ganhou uma segunda edição: Hoje é dia de Maria, segunda jornada, exibida entre os dias 11 e 15 de outubro. Na segunda jornada, Maria chega à cidade grande, onde vive outras aventuras e desafios.
- Hoje é dia de Maria recebeu prêmios internacionais e nacionais: Input International Board TAIPEI 2005; foi finalista no International Emmy Awards 2005, nas categorias Minissérie para TV e Melhor Atriz (Carolina Oliveira); Hors Concours BANFF Canadá 2006; nomeação e exibição no Prix Jeunesse International Alemanha 2006; Grande Prêmio da Crítica APCA 2005; Prêmio Qualidade Brasil 2005, nas categorias Melhor Projeto Especial de Teledramaturgia, Melhor Autor de Teledramaturgia (Carlos Alberto Soffredini com adaptação de Luís Alberto de Abreu e Luiz Fernando Carvalho), Melhor Atriz Revelação de Teledramaturgia (Carolina Oliveira) e Melhor Diretor de Teledramaturgia (Luiz Fernando Carvalho); Prêmio Mídia 2005 (Midiativa); Prêmio ABC 2006, na categoria Melhor Fotografia Programa de TV (José Tadeu Ribeiro); Prêmio Contigo! 2006, nas categorias Diretor (Luiz Fernando Carvalho) e Atriz Infantil (Carolina Oliveira).
- O roteiro da minissérie chegou às livrarias pela Editora Globo, em 2005. Em dezembro de 2006, Hoje é dia de Maria foi lançada em DVD. Com três discos, a edição traz a íntegra da primeira e segunda jornadas.

Trilha sonora:
- Tim Rescala foi responsável pela produção musical da minissérie. Além de composições inéditas, Tim Rescala fez novos arranjos para canções de Villa-Lobos e para obras de Guerra Peixe, Francisco Mignone, Alceu Boquino, entre outros. O único compositor estrangeiro presente na trilha sonora de Hoje é dia de Maria é Georges Bizet, cuja música Canção do toreador ganhou novo arranjo para trompete, trombone, clarinete e percussão.
- Para gravar as músicas incidentais, Tim Rescala regeu a Orquestra de Câmara Rio Strings, com quinze instrumentos de cordas, e convidados, com nove instrumentos de sopro (flauta, oboé, clarinete, fagote, trompete, duas trompas e dois trombones), três de percussão e uma harpa. Instrumentos típicos do folclore brasileiro, como violão, viola caipira e rabeca, estiveram presentes em quase todas as músicas da trilha.
- Em algumas músicas, os próprios atores cantam, acompanhados pela base instrumental tocada por Tim Rescala ou por seu assistente, Marcus Ferrer. Letícia Sabatella e Rodrigo Santoro, por exemplo, cantam juntos Melodia sentimental, de Villa-Lobos. Os dois atores também interpretam a mesma música sozinhos: ela, com arranjo de flauta, celo e violão, e ele, acompanhado de um piano acústico.


Fonte: Memória Globo

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